Tuesday, August 29, 2006

unBELIEVABLE.

...incrível como algumas coisas são, simplesmente, inexplicáveis.
Quase não me deixam dúvidas de que de fato, tudo nessa vida, acontece por algum motivo e as coisas estão, de alguma forma estranha, conectadas.

E quando me perguntaram: "quem tu pensa que tu és?" eu me senti a própria Alice diante da Rainha de Copas prestes a mandar cortarem-lhe a cabeça. Embora não tenha acontecido nada disso, e tudo tenha sido absolutamente positivo, é sempre bom se encontrar em algum papel de Alice. ;)

Thursday, August 24, 2006

O grito do grito.


Olha, junto com o Homem Vitruviano, O Grito, de Edward Münch encabeça a lista das minhas obras de arte favoritas (que não é pequena...hehehe). Pintado em 1893, a obra chega a ser atordoante pra quem olha, símbolo do expressionismo, aquela face em desespero, com as mãos elevadas a cabeça e a boca aberta (que até máscara do pânico inspirou) realmente me toca. E, eu demoro a perceber que ele está gritando, me parece apesar de tudo, um grito silencioso. Eu sempre me perguntava o motivo do grito...

...e hoje, eu descobri. ;)

Monday, August 21, 2006

papai noel veste uniforme da fedex.

piiiiiiiiiiiiiiii
- quem é ?
- é o carteiro.
- weeeeeeeeeeeeeee...trouxe encomenda pra mim ?
- sim.
- essas coisas todas aqui - diz apontando pra uma pilha de 2 caixas imensas e 3 envelopes bem gordos.
E então eu ponho-me a abrir um por um, olhando os remetentes e tentando me lembrar o que seriam os seus respectivos conteúdos.

Dizem que vicia, mas eu acho que não. Afinal, eu peço alguma coisa, de graça, pelo correio, todos os dias, sem pular nenhum e não tô viciada. Mas é uma delícia receber todo o tipo de coisa, que o homem de amarelo pode trazer. De testes de DNA a dvd's do correio americano. E ainda estou esperando minhas amostras de pregos e de medidores de avião. Camisinhas masculinas e femininas, energéticos, chicletes, pulseirinhas, rosários, bíblias, corão, fraldas, fraldas geriátricas, absorventes, material sobre fusão nuclear, mapas, livros, manuais da intel (esses merecem atenção especial porque são 6 manuais de 1000 páginas aproximadamente cada), café, lubrificantes íntimos, material de laboratório, kit sobre doenças, kit de segurança no trânsito, lâminas, e por aí vai indo.

Alguma dúvida que tudo isso é muito útil ?
Acho que não. ;)

Thursday, August 17, 2006

Ms. Vicious.

E cá estou eu aqui, de novo.

Voltando a postar, sentada no computador do estágio - sim, estágio - enquanto deveria estar trabalhando em alguma campanha que deveria ser genial. Mas o vício de escrever sobre alguma coisa, me chamou de novo. Mesmo que eu tenha 34 créditos, mais estágio e alguns planos de trabalhos extras - ou "bicos" como diria alguém que eu conheço - pretendo escrever.
E eu perdi oportunidades maravilhosas de fazê-lo, poderia ter descrito a minha insana ida à Buenos Aires inteirinha, mas por alguns motivos resolvi me calar. Poderia ter falado horrores sobre a emoção de chegar em casa do aeroporto, depois de dias de locas noches de fiesta porteña e encontrar um carro, com um enorme laço de fita amarelo, na minha vaga da garagem. E poderia ter também sobre ter uma mãe que faz isso, inclusive um teatro no caminho pra tornar tudo mais dramático e emocionante no final. Poderia ter falado da emoção de ter me inscrito em tantas cadeiras, por me sentir e condições de fazê-las, e falar de como é bom quando a faculdade se torna um lugar agradável pra passar o tempo outra vez. Poderia tornar tudo mais triste e escrever sobre um pai que prefere não fazer parte, ou de males que atingem os mais queridos quando a gente menos espera. Dizer que eu acho que as coisas estão bem assim, como estão, e que meu deus, tem gente capaz de tudo nesse mundo. Escrever sobre as pessoas que saíram da minha vida - não com a mesma infantilidade, escondida sob textos bem redigidos, e deboche que elas escrevem sobre mim. E principalmente, manifestar em forma de palavras, alguns fatos que, no mínimo, mostram o quão ingênua eu fui, e quão ingratas e mau-caráter são algumas pessoas.

Mas eu não fiz nada disso. Não falei. E isso me incomodou. E esse é o problema, eu tenho ficado demais calada. Mas eu tenho medo. Medo de pessoas fúteis, superficiais e desnecessárias pra vida de qualquer um, que se dão o trabalho de lê-las, e assim usam essas coisas pra me atingir. Ficar calada, e engolir tudo, me sentir censurada, de não poder comentar minha própria felicidade com medo de ser repreendida por mesquinharias alheias. E ok, esse medo pode ser bem bobo, mas não tem cristo que tire da minha cabeça.

E, não, eu não atraio tantas pessoas com fotos lindas - é verdade - e nem escrevo tantos "brother" nos meus textos de desabafo, mas tá aqui algo que vale muito: a minha palavra (quase) nua. Afinal, minha auto-censura é assunto longo com minha analista. ;)